quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Recepção

Críticas literárias
Cedo em sua história, Harry Potter recebeu muitas críticas positivas, que ajudaram a aumentar rapidamente o número de leitores da série. Seguindo o lançamento de Ordem da Fênix em 2003, entretanto, os livros receberam fortes críticas de autores e acadêmicos reconhecidos. A crítica A. S. Byatt escreveu um editorial no jornal The New York Times onde dizia que a série era "Uma colcha de retalhos inteligente de idéias recolhidas de todo o tipos de literatura infantil [...], escrita para pessoas cuja imaginação está confinada aos desenhos animados da TV, e aos exagerados [...] mundos-espelho das novelas, reality shows e fofoca de celebridades". Byatt afirma que a aceitação pelos leitores desta "manipulação derivativa de ideias anteriores" nos adultos provem do desejo de regressar aos seus "próprios desejos e esperanças infantis" e nos jovens, "o poderoso apelo da fantasia de escape e engrandecimento, combinados com o facto das histórias serem agradáveis, engraçadas, e assustadoras o bastante". O resultado final seriam "estudos culturais, que se interessam tanto com o exito e popularidade como com o mérito literário."[29]

O crítico literário Harold Bloom também atacou o valor literário de Potter, dizendo que a "Mente de Rowling é tão governada por clichês e metáforas mortas que ela não tem estilo de escrita" Além disso, Bloom discorda com a noção comum de que Harry Potter foi algo bom para a literatura por encorajar as crianças a ler.[30]

Charles Taylor, da revista eletrônica Salon.com, rebate críticas como a de Byatt. Mesmo admitindo que Byatt pode ter "Uma opinião cultural válida — uma pequena opinião — sobre os impulsos que nos levam a reafirmar o lixo pop e nos afastam das incômodas complexidades da arte", ele rejeita sua afirmação que a série não apresenta méritos literários sérios, alcançando seu sucesso devido somente ao retorno à segurança da infância que ela oferece. Taylor enfatizou o progressivo tom negro dos livros, mostrado pelo assassinato de um colega e amigo próximo e resultando em feridas psicológicas e isolação social. Taylor também apontou que Harry Potter e a Pedra Filosofal, que muitos dizem ser o livro mais leve dos seis publicados, perturba a segurança da infância que, segundo Byatt, impulsiona o sucesso da série: o livro começa com um duplo assassinato, por exemplo. Taylor cita a "Cena devastadora na qual Harry encontra um espelho que revela o mais verdadeiro desejo do coração e, olhando para ele, vê a si próprio feliz e sorrindo com os pais que ele nunca conheceu, uma visão que dura somente enquanto ele olha para o espelho, e uma metáfora de o quão passageiros são os nossos momentos de verdadeira felicidade", então pergunta se "essa é a ideia de segurança de Byatt?". Taylor conclui que o sucesso de Rowling entre crianças e adultos é "porque J.K. Rowling é uma mestra da narrativa."[31]

Stephen King concordou com Taylor chamando a série de "Um feito do qual somente uma imaginação superior é capaz", e declarando que o humor de Rowling é "memorável". Porém, ele escreveu que, apesar de a história ser boa, ele está "Um pouco cansado em descobrir que Harry vive na casa com seus horríveis tios", o formulaico início de cada um dos seis livros publicados até agora.[16] Ele prediz, ainda, que Harry Potter "Passará pelo teste de tempo e irá para uma prateleira onde somente os melhores são mantidos [...]. Essa é uma série não só para uma década, mas para eras".

[editar] Prêmios e honras
J.K. Rowling e a série de livros Harry Potter têm recebido inúmeros prêmios desde a publicação de Pedra Filosofal, incluindo quatro prêmios Whitaker Platinum Book Awards (todos em 2001), três prêmios Nestlé Smarties Book Prize (1997-1999), dois Scottish Arts Council Book Awards (1999 e 2001) e o WHSmith book of the year (2006), dentre outros. Em 2000, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban foi indicado como Melhor Romance no Hugo Awards enquanto Cálice de Fogo ganhou esse prêmio no ano seguinte. As honras recebidas incluem uma indicação ao prêmio Carnegie Medal (1997), uma pré-indicação no Guardian Children's Award (1998) e inclusão em numerosas listagens de livros notáveis, Escolha dos editores, e listas de melhores livros, da American Library Association, The New York Times, Chicago Public Library e Publishers Weekly.

Recebeu sete indicações ao Oscar, mas não ganhou nenhuma:

Harry Potter e a Pedra Filosofal = 3 Indicações - Melhor Figurino, Melhor Trilha Sonora e Melhor Direção de Arte
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban = 2 Indicações - Melhor Trilha Sonora e Melhores Efeitos Especiais
Harry Potter e o Cálice de Fogo = 1 Indicação - Melhor Direção de Arte
Harry Potter e o Enigma do Príncipe = 1 Indicação - Melhor Fotografia
[32]

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